Quando o Direito (...) é muito acusado de culpa por tantos males da sociedade, atrevemo-nos a ripostar com um outro entendimento da juridicidade. Não como bode expiatório muito indefeso da sua honra e da própria verdade (...), mas como princípio ativo na sociedade, verdadeira medicina da cultura. (...) Direito não como complicador, burocratizador, ou até adversário da sociedade, como alguns pretendem, dele fazendo pelo menos um dos bodes expiatórios do tempo presente, mas o Direito como medicina da cultura, o mesmo é dizer, também, intervenção benéfica na saúde social. Ou medicina social, para usar a expressão do advogado e comparatista francês Pierre Lepaulle. |