Do entusiasmo ao burnout?
a situação social e laboral dos professores em Portugal hoje
Varela, Raquel ... [et al.] (ed.)
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O presente estudo pretende responder a algumas questões públicas: porquê uma grande parte dos professores, ao final do dia, se sente esgotada? Quais são as causas do sentimento de exaustão emocional entre os docentes? De onde advém o stress laboral na educação escolar? Como compreender e/ou explicar um mal-estar tão difuso e generalizado nas funções, estrutura e dinâmicas desta atividade vital?
Os quase dois milhões de dados recolhidos - graças ao grande empenho, em todo o paÃs, de dirigentes sindicais que, nas escolas, criaram as condições para que os inquéritos fossem preenchidos e encaminhados para a Fenprof - foram analisados por uma equipa interdisciplinar e multiprofissional das áreas de história e educação, de teoria social e metodologia cientÃfica, de matemática e estatÃstica, de medicina social e psiquiatria, psicanálise e psicologia, de psicodinâmica do trabalho e sociologia crÃtica, de antropologia e geografia do trabalho.
Uma grande conclusão final: o sofrimento dos professores no trabalho que observamos é uma consequência da estrutura anquilosada e perversa da escola-educação e da desqualificação, expropriação e desempoderamento do professor.
Colaboração, confiança mútua, crÃticas olhos nos olhos, relações densas e visÃveis são cada vez mais urgentes e necessárias. Não se trata só de uma luta contra governos e direções, gestões e chefias, mas também uma luta contra a apatia.