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As Casas Regionais têm, em Lisboa, funções diferenciadas e uma missão única: contribuÃrem para a diversidade cultural e social que caracteriza Lisboa e a sua identidade plural. No decorrer do século XX, ocorreram movimentos migratórios num Portugal marcadamente rural, com deslocações significativas de pessoas das aldeias para a cidade de Lisboa, em busca de melhores condições de vida.
A sua fixação na capital veio determinar um patamar de desenvolvimento alcançado e um contributo concreto que o regionalismo deu para a expansão da própria cidade, "elevando Lisboa numa manta de retalhos". Para os que guardam na memória a terra onde nasceram, as Casas Regionais assumem-se como lugar de rememoração de estórias de vida, mas também de suporte às relações de troca que fundam a experiência do coletivo.
Desenvolvendo uma investigação de inspiração etnográfica, LuÃs Esteves baseou o seu trabalho numa observação participante, que acarretou a coleta de práticas, de materialidades e de testemunhos que dão conta da reciprocidade de vÃnculos que fundam a rede de Casas Regionais. Decifrando práticas, estruturas e a geografia Ãntima que anima a construção da identidade, tratou-se de uma quase observação-interna, porquanto LuÃs Esteves conhece por dentro o território em que trabalha.
