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«Na minha Faculdade de Letras persistiu até há bem pouco tempo um Instituto de História da Expansão Ultramarina. Nada tive contra essa designação desde que convenientemente dissecada, mas sempre propus — aliás sem sucesso — que se lhe juntasse a História da Colonização, do Colonialismo, do Anti-Colonialismo e dos PaÃses Ex-Colonizados.É neste contexto que orientei ou acompanhei algumas teses e trabalhos de fim de curso, como as dissertações sobre AmÃlcar Cabral e sobre o PAIGC, ou, nos antÃpodas, sobre a propaganda colonial do chamado Estado Novo, que de resto prolonga a propaganda da nossa Primeira República, que era também (como não podia deixar de ser no segundo e no terceiro decénios do século XX) colonialista ou colonial. Daà ter surgido a tese de José LuÃs Lima Garcia sobre o tema e, no seu âmbito, sobre a Agência Geral das Colónias, que cosmeticamente se transforma, a partir dos anos 50, em Agência Geral do Ultramar. É um tema que o autor começou a estudar no fim do século passado e de que deu a conhecer com maior extensão e profundidade em 2012 no seu doutoramento.Finalmente realiza aqui e agora a sua publicação em papel, que é a forma como se pode tornar mais conhecida ou, pelo menos, mais resistente ao tempo. Será afinal mais um contributo para conhecer o colonialismo e a realização da ideia de Império, conceito que se trivializou até em nomes comuns de várias empresas. Essa ideia de Império Colonial supõe o vasto território que vai de Ãfrica a Timor e o perÃodo que se estende de 1924 a 1974, mesmo que a partir dos anos 50 se iniciasse o processo cosmético de chamar a cada uma das possessões (tão diferentes...) ProvÃncias Ultramarinas e não Colónias e se fossem extinguindo as leis do indigenato.»
