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A presente obra, centrada no estudo das múltiplas intervenções socioculturais de Francisco Lage associadas ao campo institucional do SPN/SNI nos anos da polÃtica do espirito de António Ferro, pretende contribuir para um melhor conhecimento da etnografia, da polÃtica folclorista do SPN/SNI, do discurso e das práticas (estetização e autenticidade), e da cultura popular nas décadas de trinta e quarenta do século XX.
Neste contexto, são analisadas as origens familiares e sociais de Francisco Lage, a personagem em estudo, os anos da sua formação, em Braga; o seu processo como cronista e participação na imprensa; a incursão no teatro; os episódios polÃticos, ao serviço da CM de Braga; o seu afastamento e posterior processo de integração na sociedade lisboeta; nos anos vinte e trinta.
Através da incursão e estudo analÃtico da sua Biblioteca, foi possÃvel, detectar as suas inquietações temáticas, auscultar as suas tendências a autores preferenciais, as suas ligações intelectuais, que serviram de modelo de inspiração e fonte de informação para a sua acção e construção do seu ideário e reflexão nas diferentes áreas em que praticou/teorizando e teorizou/praticando. a partir do seu pensamento, estruturou-se a análise aprofundada do seu percurso, trajectória e relacionamentos, propostas e conceitos, da singularidade de um homem de acção, multifacetado, com elevado grau de eclectismo.
Interventivo no campo da etnografia e da cultura popular, Lage adquire, à época, importância significativa no panorama artÃstico cultural, e é considerado, segundo uma perspectiva contextual e intertextual, como um agente social activo nos bastidores de uma polÃtica de cultura oficial.