Narrativa vertical
Almada Negreiros e o romance da modernidade
Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura, em 2019, na categoria «Ensaio na área das Humanidades»
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Este ensaio parte da análise do caráter fragmentário de Nome de Guerra, pondo em evidência a suspensão do tempo e da causalidade no romance de Almada Negreiros. Tendo por base conceitos estruturantes da literatura das primeiras décadas do século XX, João Paulo ousademonstra como a organização da obra — aqui exposta à luz do seu contexto europeu — obedece a uma lógica de composição espacial, seguindo os princÃpios de adição e de combinação próprios da arte abstrata. Plenamente inserido na prosa da modernidade, o romance de Almada Negreiros pode assim ser lido como uma «narrativa vertical», na medida em que recusa a linearidade temporal do mundo exterior e se afirma como uma totalidade estática e inorgânica.
