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Até à publicação de Sobre a Televisão, em 1996, Pierre Bourdieu era um sociólogo pouco menos do que consensual, um académico respeitado, um cientista social celebrado. Mas, a receção desse texto mudou tudo. O livro caiu que nem uma bomba no meio editorial francês: a academia agitou-se, os jornalistas reagiram com violência, os intelectuais mediáticos entraram em polvorosa. A partir daà as hostes pró e contra Bourdieu cresceram e multiplicaram-se, e a polémica não cessou, até aos dias hoje.
Mas o que contém esse livro maldito? Porque indignou o campo jornalÃstico? Será o seu conteúdo desgarrado da obra sociológica anterior? Fará sentido operar uma separação entre o Bourdieu Académico e o Bourdieu PolÃtico? Para procurar responder a estas questões, foi necessário conhecer os instrumentos teóricos que fazem mover o seu sistema de pensamento - as noções de campo, capital e habitus - inserindo-os no seu trajeto intelectual.
Mais do que inquirir o pequeno livro vermelho que não deixou ninguém indiferente, pretende-se estimular a discussão, deficitária em Portugal, sobre a televisão e o jornalismo, a partir da obra do sociólogo mais citado em todo o Mundo.