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O Presidente da República Italiana, Pertini, em 23 de Julho de 1981, em tempo atribulado para a Justiça de Itália, afirmava, numa reunião do Conselho Superior da Magistratura a que presidia, «autonomia e independência da magistratura são bens preciosos, antes de mais, porque devem ser considerados como um dos pressupostos da execução de todos os outros princÃpios e preceitos da Constituição».
Em 1994, o director do jornal Le Monde começava o seu editorial dedicado à s relações entre o poder polÃtico e a magistratura com um irónico incipit que ficou famoso: «Um espectro ronda a República, o do governo dos juÃzes.»
Este fantasma tem sido evocado, como ameaça contra a democracia, sempre que a Justiça atinge grupos ou personalidades marginalmente instaladas no mundo da polÃtica ou da economia.
A presente obra discorre sobre o papel, o lugar e o tempo da Justiça quer ao nÃvel nacional quer no plano europeu enquanto pilar do Estado de direito e alicerce da democracia.
Nesse sentido são tecidas considerações doutrinárias sobre a independência, a legitimidade, a responsabilidade, a actuação do Poder Judicial e dos juÃzes em particular, numa época economicamente conturbada e socialmente ameaçada pelo terrorismo mundializado.
Torna público o trabalho desenvolvido, ao longo dos últimos anos, no seio do Conselho da Europa e muito particularmente num dos seus departamentos, o Conselho Consultivo de JuÃzes Europeus, em matérias tão importantes como a Justiça e a Sociedade, as novas Tecnologias de Informação, o papel dos Tribunais em situações de terrorismo.
Finalmente as novas procuras de Justiça e os desafios colocados pelo «neo-liberalismo» colocam interrogações sobre o futuro dos direitos humanos e do papel dos Tribunais nas sociedades contemporâneas.