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Sabia que Emmanuelle Charpentier, Prémio Nobel da QuÃmica em 2020, viveu em cinco paÃses e trabalhou em 13 instituições até conseguir um contrato permanente? Que Alexander Fleming costumava cuspir, chorar e até assoar-se para cima de placas de Petri? E que se passaram mais de 10 anos entre a observação de que o fungo Penicilum produzia uma substância que matava bactérias e a produção de penicilina suficiente para criar um fármaco?
Apesar de sistematicamente impulsionar descobertas e avanços importantes, a fraca valorização da ciência e de cientistas não é incomum. Em Portugal, a vasta maioria do tecido cientÃfico não tem vÃnculo laboral estável e pelo menos um terço tem sintomas de «burnout».
Este ensaio é uma apologia da ciência. A partir de uma colecção de histórias, defende que o enorme sucesso da ciência é uma bênção e uma maldição: é tentador priorizar aplicações imediatistas em detrimento da busca de conhecimento de longo prazo. Descreve desafios actuais, da precariedade à inteligência artificial, e propõe melhorias para o ecossistema cientÃfico, tanto em Portugal como no contexto europeu.
